O trabalho busca nas implicações das experiências, a sobrevivência nas ruas e sua relação com a ideia de encantamento para promover uma conexão mais profunda com a pesquisa artística. Isto parte de uma transcendência da condição de imobilidade, destacando a importância do movimento e da renovação criativa nos diversos saberes. A maleabilidade da seda com a impressão do texto “navalha não corta seda”, é um cruzamento de culturas, como arte de entrelaçar múltiplas formas de conhecimento, fundamentada em produzir encantamentos. Este lenço, sempre de seda, já que, segundo conhecimento popular, cegava o fio da navalha.

Esses efeitos geram interações dinâmicas e potencialidades presentes nas encruzilhadas, entre diferentes experiências, enriquecendo o entendimento sobre a filosofia da rua e promovendo uma maior conexão com esses saberes e suas interrelações. Ao incorporar a figura do malandro neste projeto artístico, imerso numa análise acerca da maneira pela qual o artista capta as multifacetadas realidades, as dicotomias e a riqueza da cultura afrobrasileira, nos instigando a questionar as percepções tradicionais da arte.

Seda com texto impresso

2024